Se eu fosse um livro e tu me pudesses abrir agora, e ler cada página detalhada de todos os sentimentos, pensamentos e emoções que me ocupam, serias esmagado pela minha própria dor. Pela tristeza que emana dos meus vasos sanguíneos e pela melancolia que emerge das minhas células. Ficarias aterrado com o toque áspero das minhas folhas e submerso no pânico das minha linhas. Serias consumido pelo negrume das minhas letras e abalado pela sua acidez. Se pudesses abrir-me agora e ler cada pedaço do meu coração, chorarias do início ao fim, envolto num sofrimento sem fim. Se tivesses uma chave que te desse acesso a tudo o que me preenche, não serias capaz de ir até aos confins do meu ser, pois terias demasiado medo de continuar. Não sou um livro, nem tal chave existe e assim, nunca saberás quem sou eu, no interior da minha alma. Apenas te posso dizer que é negra, de uma maneira que nunca saberás imaginar. É sofrida, e dorida. Chora. E nas suas entranhas está tudo aquilo que um dia me magoou e que eu não soube deitar fora. Tudo aquilo que guardei, criando uma pequena bomba pronta a explodir a qualquer momento. E esse momento não demorará a chegar.
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
Se eu fosse um livro...mas não sou.
Se eu fosse um livro e tu me pudesses abrir agora, e ler cada página detalhada de todos os sentimentos, pensamentos e emoções que me ocupam, serias esmagado pela minha própria dor. Pela tristeza que emana dos meus vasos sanguíneos e pela melancolia que emerge das minhas células. Ficarias aterrado com o toque áspero das minhas folhas e submerso no pânico das minha linhas. Serias consumido pelo negrume das minhas letras e abalado pela sua acidez. Se pudesses abrir-me agora e ler cada pedaço do meu coração, chorarias do início ao fim, envolto num sofrimento sem fim. Se tivesses uma chave que te desse acesso a tudo o que me preenche, não serias capaz de ir até aos confins do meu ser, pois terias demasiado medo de continuar. Não sou um livro, nem tal chave existe e assim, nunca saberás quem sou eu, no interior da minha alma. Apenas te posso dizer que é negra, de uma maneira que nunca saberás imaginar. É sofrida, e dorida. Chora. E nas suas entranhas está tudo aquilo que um dia me magoou e que eu não soube deitar fora. Tudo aquilo que guardei, criando uma pequena bomba pronta a explodir a qualquer momento. E esse momento não demorará a chegar.
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Por vezes guardamos tantas coisas dentro de nós que chega a uma altura que não cabe mais nada e acabamos por explodir... Não é nada bom quando isso acontece :\
ResponderEliminarEscreves mesmo muito bem. Força :)
ResponderEliminarÀs vezes mais vale que a bomba rebente mesmo, para termos finalmente paz.
ResponderEliminarsempre tão encantadora :'D
ResponderEliminaradorei este texto, adorei mesmo!
As almas às escuras podem causar dores, mas se não fossem elas certamente não existiriam textos fantásticos como este que aqui escreveste! :)
Oh muito obrigada princesa! Vou retribuir o elogio - amei este post! :o
ResponderEliminarRespira fundo querida e não deixes a bomba rebentar. Eu sei o que isso é, de verdade. E sei o quão mal nos faz guardar todo esse negro para nós. Liberta-te do negro. Conta os teus segredos a pessoas de confiança. Partilha a tua dor.
ResponderEliminaridentifico-me a 100 % com este texto, eu estou um pouco assim confesso. temos de ter muita força!
ResponderEliminarOlá querida! Gostei do blog, estou a seguir. Gosto muito do que escreves. =)
ResponderEliminarÁs vezes explodir é bom, descarregar o que nos vai na alma e nos assombra... Gritar com alguém e chorar nos seus braços de exaustão. Baixar a guarda e deixar tudo desvanecer-se, até apenas permanecer o cansaço e a vontade de ser reconfortada.
ResponderEliminarForça querida! :x Eu sei que às vezes é mais fácil deixarmos acumular o monte de coisas que nos magoaram no coração e esperar que elas fiquem guardadas para sempre mas se as fossemos dizendo nunca tínhamos de lidar com o momento em que dizemos tudo de uma vez. E seria melhor para nós e para os outros :x
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