7 de Junho de 2013 "Hoje entrei de férias (supostamente), apesar de
ainda ter dois exames pela frente, o que se traduz em três semanas de estudo. A
verdade é que odeio despedidas, com tudo o que se deixa por dizer, por todos os
gestos que ficam pelo caminho. Ainda que saiba que irei rever a minha turma
pela escola a esclarecer dúvidas e também na realização dos exames, já para não
falar no jantar de turma já marcado, abandonar a escola hoje deixou-me um travo
amargo a saudade. É agora que tudo muda. É agora que se rompem muitas ligações
e se solidificam outras. Hoje foi o último dia em que tive aulas com esta
turma. A última vez que olhei à volta e vi todos aqueles 14 rostos na mesma
sala, num dia normal. É agora que todos seguimos caminhos diferentes. Uns
escolheram uma secundária, outros escolheram a outra e há ainda aqueles que se
decidiram por outros caminhos. Há aqueles que traçarão a sua vida nas línguas,
e outros na matemática, e ainda outros que optaram pela veia desportiva. O que
é certo é que me custa deixá-los a todos. Não, nunca fomos a turma perfeita,
nunca fomos um modelo de união, sempre houve pessoas com quem uns se davam
melhores do que outros. Não, não éramos os mais bem comportados, ma também não
eramos os maiores terroristas da sala de aula. Havia um certo equilíbrio. Havia
os momentos de risada sem fim e os momentos de absorção e interesse total.
Havia as borrachas voadoras, as mensagens secretas e as piadas secas. Mas acima
de tudo, havia confiança, partilha, conhecimento. Estávamos quase todos juntos
desde a primária e isso tem muito que se lhe diga. Conhecíamo-nos uns aos
outros, vimo-nos crescer em conjunto, presenteámos os dramas, as parvoíces e as
mudanças uns dos outros e acolhemos sempre quem vinha de fora. Não fomos a
turma modelo, mas fomos uma turma que eu não trocava por nada. E é por isso que
as saudades apertam tanto, por saber que nunca terei uma turma como esta. Fomos
o 6ºA, o 7ºG, o 8ºF e o 9ºE. Fomos uma família que hoje se começa a separar. Só
espero que nada disto seja definitivo. Que não haja distância que nos impeça de
nos cruzarmos na rua e de partirmos a correr para um abraço. Que não haja
distância que nos impeça de nos encontrarmos no futuro para saber todas as
novidades. Que não haja distância que nos impeça de mandar uma mensagem a perguntar
se está tudo bem. Que não haja distância que nos impeça de nos contactarmos.
Não quero que o que no passado se passou se repita. Quero mante-los a todos.
Mesmo aqueles com quem nunca me identifiquei, mas com quem de certo tenho boas
memórias. Vamos por caminhos diferentes, mas temos um passado comum. É isso que
deixa saudade."
Não sei até que ponto tudo isto se mantém. Afinal os caminhos apartaram-se mesmo e as ligações estão-se a romper... Mas as saudades estão lá.
O adeus é sempre difícil. Mas acredita que se as amizades forem boas nunca vão terminar verdadeiramente. Haverá sempre mais um sorriso; mais uma palavra; mais um momento.
ResponderEliminarÉ dificil dizer adeus e coisas assim deixam sempre saudade mas faz parte da vida :x
ResponderEliminaré mesmo como diz a blackbird querida , infelizmente :x Ainda hoje tive a ler as dedicatórias que me fizeram quando estava no 7º ano. Fartei-me de rir com algumas coisas. Hoje falo com poucos mas digo-te que se os vir na rua falo com eles com toda a descontracção (: sem problemas! Levámos caminhos diferentes porque teve de ser e não os culpo por nos termos afastado. A vida é mesmo assim!
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