domingo, 22 de fevereiro de 2015

Prestes a afundar


Só precisava de alguém que me deixasse apoiar a cabeça no seu colo e me permitisse chorar até ficar sem lágrimas. Alguém que me ouvisse e que tentasse entender todo este remoinho de emoções, desilusões e confusões que se instalou na minha mente e que me tem entorpecido o corpo. São as noites seguidas sem conseguir dormir, a escola a soterrar-me com obrigações, as amizades que viram desilusões, o esforço que só serve para premiar os outros, as saudades que esmagam aos poucos. Mas acima de tudo, é a solidão de ter de enfrentar tudo sozinha. É a dor de não ter ninguém que me ampare, que me dê uma mão, que me permita sentir tudo isto, pois a única maneira de o superar, é permitir-me senti-lo ao máximo. Sinto-me fraca, física e emocionalmente. Sinto que alguém me roubou todas as forças e não ter energias para remar contra esta maré, nem ninguém que reme comigo, obriga-me a ser arrastada neste mar de sofrimento que só me tem destruído. Estou à deriva. Mas só preciso de alguém que me acolha no seu porto de abrigo.

3 comentários:

  1. Não te posso dar o meu colo físico mas o virtual dou de bom grado. Se precisares de falar podes contar comigo. Sorriso na cara minha linda, melhores dias virão* forcinha!

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  2. Sei que dizer o que te vou dizer agora pode não ajudar muito ou pode parecer vulgar dizê-lo! Mas tenho de o fazer... Sei como te sentes. Digo-o honestamente e sem rodeios porque sei mesmo. É muito difícil levantar da cama quando tudo parece já não fazer sentido, quando pensamos não ter ninguém! Há momentos em que parece que somos uma fonte inesgotável de água salgada que não pára de gotejar! E o peito dói tanto, mas tanto! Lá dentro... é uma dor profunda e indecifrável. Mas acredita, por favor acredita, nem que seja um pedacinho, que vai haver alguém. Alguém que faça as coisas valerem a pena. Alguém em quem vais confiar. Alguém que vais abraçar e ter vontade de chorar de felicidade por te fazerem acreditar.
    E sei que é difícil e muitas, muitas vezes parece impossível ter esperança. Mas é preciso agarrá-la o mais depressa possível porque só assim conseguiremos arranjar as mínimas forças necessárias para saírmos à rua!

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  3. Cheguei.
    Eu sou tipo Andorinha, passo longos tempos sem vir aqui, mas eu nunca me afasto.
    Gosto de ti pelas tuas palavras, e venha quem vier, um ecrã à frente não me impede de me encher de ternura por ti e pelo que me mostras através das letras. Por isso fico triste por chegar de novo e ver-te triste outra vez. Gostava de poder ajudar-te de alguma forma e fico sempre com um sentimento de impotência por não poder fazer nada deste lado. Posso só garantir que sou boa ouvinte - ou leitora, neste caso - e que se precisares de falar, escrevendo, sabes onde me encontrar :')

    Não estás sozinha, não mereces sequer acreditar que podes alguma vez ficar sozinha... tu mereces muito mais que isso! :)

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"Se há um livro que queres ler, mas que ainda não foi escrito, então deves ser tu a escrevê-lo."