21 de Setembro de 2012. Mais um dia normal. Estou cansada, mal consigo manter os olhos abertos e a mente desperta, e só eu sei o esforço que faço para escrever estas palavras. Mas tenho de o fazer. Necessito de expulsar esta nostalgia, raiva e tristeza de dentro de mim. Consomem-me e torturam-me e, ainda que não queira perecer, as forças falham-me. Sinto-me fraca e consumida por um sentimento que não sei expressar.
A minha mente encontra-se confusa e desgastada, e, depois de uma semana exaustiva, sinto-me prestes a desistir. Vagueio perdida entre dois mundos, dividida entre dois dialetos.
18 de Outubro de 2012. Os dias continuam a passar e vejo a vida passar-me à frente dos olhos como um tornado, rápida e difusa.
Meti-me numa encruzilhada e temo já estar tão embrenhada nela que, ao escapar, possa sofrer as consequências cruas e danosas dos meus atos. As consequências que seguir o meu coração pode trazer.
Olho ao meu redor e vejo espelhado nos rostos que me são conhecidos, as verdades que as bocas não pronunciam. Pergunto-me se será normal sentir-me tão deslocada por vezes. Pergunto-me se será uniforme por entre as mentes que me rodeiam ou se serei a única a questionar a verdade intrínseca da vida. Da minha existência.
Olho ao meu redor e vejo espelhado nos rostos que me são conhecidos, as verdades que as bocas não pronunciam. Pergunto-me se será normal sentir-me tão deslocada por vezes. Pergunto-me se será uniforme por entre as mentes que me rodeiam ou se serei a única a questionar a verdade intrínseca da vida. Da minha existência.
Como já tantas vezes me disseram, não posso alimentar tanto rancor em mim. Era suposto ter certas dúvidas, mas deixá-las para trás em busca de nova aventura. E como eu gostava de me assemelhar aos que me rodeiam, obedecendo a essa regra. Mas não é assim que eu sou, não é assim que ajo e penso. Sempre guardei e sempre guardarei as falhas, os erros e as desilusões no meu coração e na minha mente. Irei sempre lembrar o mal que foi feito e, não raro, mas também não ocorrente, o que de bom foi efetuado.
Por vezes, chegamos a duvidar e a questionar quem serão aqueles pelos quais valeu a pena lutar. Quem são aqueles que nos irão segurar nas quedas e respeitar nas decisões. Quem estará lá incondicionalmente.
Se acharmos dentro de nós a resposta "Ninguém", é hora de recomeçar.
"Pergunto-me se será normal sentir-me tão deslocada por vezes. Pergunto-me se será uniforme por entre as mentes que me rodeiam ou se serei a única a questionar a verdade intrínseca da vida. Da minha existência." - Não sei se é normal ou não, mas também eu penso tantas vezes da mesma forma que tu e sinto algo tão semelhante ao que sentes. (E eu também acho que deva recomeçar...)
ResponderEliminarIsto é de um diário? Quem me dera que o meu diário estivesse assim tão bem escrito haha
(Só agora é que vi o teu comentário haha Bem, a rapariga teve um 19,4 no teste... Mas, tirando outras duas pessoas, o resto da turma teve negativa. Então a professora decidiu fazer uma ficha complementar que vale 1 valor, e a mulherzinha em vez de se ficar pelo 20 achou que tinha mesmo de dar o valor inteiro à rapariga e rebentar as escalas)
ResponderEliminarMesmo que tenhamos alguém com quem contar o melhor é termos a certeza de que conseguimos avançar sozinhos. Se o conseguirmos então seremos capazes de tudo! Se o conseguirmos todas as dúvidas não passarão de pequenas pedras às quais damos chutos e que não nos irão incomodar. A luz vai ser mais forte :) Os cruzamentos não vão assustar tanto.
ResponderEliminarEste texto sou eu, completamente.
ResponderEliminarAw, obrigada (: Nem acho que esteja propriamente "brilhante" (muito menos comparado com as coisas que leio no teu blogue), mas fico feliz por saber que gostaste.
ResponderEliminarE fico ainda mais feliz por saber que os meus comentários te deixam a sorrir. São feitos com a maior das sinceridades (: